Começo a
aceitar o fim, por fim.
Vi que
tiraste as nossas fotos de facebook, não percebo bem o porquê, mas pronto. Não
vou tirar as que tenho no meu. Não têm nada de comprometedor. Não vou negar que
acontecemos, que amámos, que fomos felizes, juntos.
Começo a
aperceber-me de certas coisas, que me fazem esquecer-te mais rapidamente, como
o facto de dizeres "a culpa é sempre minha" quando discutíamos. Eu
nunca dizia que a culpa era tua, podia implicar que tinhas culpa, mas raramente
implicava que a culpa era 100% tua. Mas tu fazias sempre sentir-me culpada e
conseguias, consciente ou inconscientemente, sempre fazer com que eu me
sentisse como uma namorada horrível.
Tenho
receio que pensar nestas coisas más, que me ajudam a esquecer-te, me façam
guardar rancor de ti e da nossa relação, mas a Charlote diz que é necessário,
por agora, um dia vai tudo ser insignificante, à excepção da marca, boa, que
deixaste em mim.
Lembras-te
de me perguntares sempre (normalmente em tom de chateado/irritado) se eu não
tinha amigas? Magoavas-me tanto. Disse-te tantas vezes que não, e tu nunca
viste o quanto isso me afectava. A Charlote tem sido impecável, o meu rochedo,
desde que tu deixaste de o ser, há coisa de 4 meses.
Tenho muita
pena que tenhamos acabado assim. Espero que um dia olhes para trás e percebas
que o que eu fiz não foi tão horrendo quanto isso e que o que tu fizeste não
foi tão normal quanto pensas.
Todos
erramos, só espero que consigas ver que tu não escapas a essa regra, senti-lo
mesmo. É bom errar, ensina-nos, faz parte do processo de adaptação e
sobrevivência.
Eu amo-te,
e não trocava a nossa relação por nada deste mundo, se pudesse voltar atrás não
mudava nada, pelo menos nada até Setembro de 2013, porque se tivesse de passar
por tudo, desde então até agora, não era capaz, nem queria, foi horrível. Nunca
sofri tanto por ninguém.
Amo-te,
amei-te, perdoo-te como sempre te perdoei.
Devias
fazer o mesmo.
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